Dólar no Cartão de Crédito: Entenda o Spread e Como Economizar

Fazer compras internacionais com o cartão de crédito é algo prático, mas também pode ser mais caro do que você imagina. Além do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), as operadoras de cartão aplicam uma taxa chamada spread cambial que pode aumentar significativamente o valor final da compra. Entender esse custo extra é fundamental para quem costuma comprar em sites internacionais ou viajar para o exterior.

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O que é o spread cambial?

O spread é um valor adicional aplicado sobre a cotação oficial do dólar no momento da conversão. Ele representa a margem de lucro da instituição financeira sobre a operação de câmbio.

Por exemplo: se a cotação oficial do dólar está em R$ 5,00 e o banco aplica um spread de 5%, a cotação final usada será R$ 5,25. Esse pequeno acréscimo pode parecer irrelevante em uma única compra, mas em gastos altos ou recorrentes, o valor se torna significativo.

Além do spread, o governo ainda cobra o IOF, atualmente de 4,38% sobre transações internacionais feitas no cartão de crédito.

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Comparativo de spread entre bancos e fintechs

O spread varia de banco para banco. Algumas instituições tradicionais cobram taxas elevadas, enquanto fintechs ou cooperativas podem oferecer condições mais vantajosas. Veja exemplos de spreads médios praticados:

• Safra: 7,00%
• BTG Pactual, Santander, Pan: 6,00%
• Itaú, Credicard: 5,50%
• Bradesco: 5,30%
• C6 Bank, Banco do Nordeste, PicPay, Next: entre 4% e 5%
• Banco do Brasil, Caixa, Inter, Nubank, Nomad (crédito): cerca de 4%
• Sicoob, Unicred, Cresol: 0%

Ou seja, dependendo do cartão usado, o valor final da fatura pode variar muito para a mesma compra.

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Como calcular o impacto do spread na sua compra

Vamos a um exemplo prático para entender como o spread pesa no bolso:

• Valor da compra: US$ 100
• Dólar comercial (cotação oficial): R$ 5,70
• Spread de 5,3% (exemplo Bradesco):
  • Cotação aplicada: R$ 5,70 + 5,3% = R$ 5,99
  • Subtotal: US$ 100 × R$ 5,99 = R$ 599
  • IOF (4,38%): R$ 26,25
  • Total da fatura: R$ 625,25

Ou seja, uma compra de 100 dólares que você imaginava custar R$ 570 pode sair quase R$ 55 mais cara por conta das taxas embutidas.

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Como economizar nas compras em dólar

Mesmo que você não consiga fugir completamente do spread, há algumas maneiras de minimizar esse custo:

• Pesquise o spread do seu cartão: Muitos bancos não informam com clareza essa taxa, mas você pode encontrar essa informação em sites especializados ou ligando para a central de atendimento.
• Dê preferência para fintechs e cooperativas: Instituições como Nomad, Inter, Sicoob, Cresol e Unicred costumam praticar spreads menores ou até zerados.
• Use contas digitais com saldo em dólar: Alguns serviços permitem converter reais para dólar em momentos de baixa, e utilizar esse saldo com um cartão de débito internacional, sem spread adicional.
• Evite fazer compras em outras moedas que não sejam o dólar: Nesse caso, o valor é convertido primeiro para dólar e só depois para real, o que aumenta ainda mais os encargos.

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Conclusão

O spread no cartão de crédito é um custo invisível, mas real. Saber qual valor seu banco cobra e buscar opções com menor taxa pode gerar uma economia significativa, principalmente se você faz compras frequentes em sites internacionais, paga serviços em dólar ou viaja com regularidade.

Ficar atento ao spread e escolher bem qual cartão usar pode representar até 7% de economia por compra. Com a alta do dólar, esse cuidado faz toda a diferença no seu planejamento financeiro.